sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É PARA PENSAR...

Desde quando começou a ser plantadintensivamente, discute-se o efeito negativo do eucalipto sobre a disponibilidade de água. A razão é óbvia: como seu crescimento é vertiginoso, o consumo de água pela planta é acentuado. Daí consolidou-se a fama de que o eucalipto "seca o solo".

As pesquisas florestais comprovam que as árvores de eucalipto consomem a mesma quantidade de água que outras espécies vegetais e, inclusive, que as matas nativas. O eucalipto usa a água disponível de forma mais eficiente, produzindo mais madeira com a mesma quantidade de água. (Paula Lima, 2004).

Construiu-se no passado, pela falta de conhecimento científico, um preconceito contra o eucalipto. Recentemente, o discurso ecologista valorizou as florestas nativas contra as espécies exóticas, como que condenando as florestas plantadas de eucaliptos e pinus.

Ora, é certo que ambas essas espécies são exóticas. Quase todas as culturas agrícolas também o são: milho, soja, arroz, feijão, cana-de-açúcar, café, batata, laranja, etc. Apenas a mandioca é nativa do Brasil. Portanto, nada há de estranho, nem diferente, nessa matéria, entre a agricultura e a silvicultura.

A cadeia produtiva de celulose e papel mantém, comparada com as demais do agronegócio, um volume superior de áreas naturais protegidas. A área de conservação cobre 2,6 milhões de hectares, abrangendo a totalidade das áreas de preservação permanente e as de reserva legal, nelas incluídos parques e reservas nativas, e as reservas Particulares do Patrimônio Natural, integrantes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Tal proteção tem efeito de mitificação relevante, que caracteriza o setor na questão da biodiversidade.

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