quarta-feira, 20 de abril de 2011


BARRA DO CHOÇA: Reunião discutiu a violência nas escolas
A violência nas escolas é um tema muito preocupante e tem levantado discussões em todo o Brasil principalmente após a chacina de Realengo que levou à morte de 11 estudantes numa escola do Rio de Janeiro. E mesmo antes desta fatalidade, a direção e os professores do Centro Educacional de Barra do Choça (CEBC) já haviam marcado uma reunião para discutir sobre a violência na escola.
A reunião realizada nesta quarta-feira,13, no Centro Educacional de Barra do Choça (CEBC) contou com a presença da direção, coordenação e professores da escola. Estiveram presentes também os vereadores Jorge Amorim e Manoel Nascimento, a Juíza Bel.ª Lázara Abadia Figueira, representantes do Colegiado Escolar e do Conselho Tutelar e os secretários municipais Alessandra Santana (infra-estrutura) e Neuza Ramos (administração).


O diretor do CEBC, Saturnino Barbosa reforça que na reunião foi apresentada a realidade do CEBC, no entanto o problema é mais amplo. “A questão da violência tem se alastrado na sociedade como um todo, mas a gente tem vivido este problema mais de perto e é isto que estamos discutindo”, disse.
A reunião teve como objetivo discutir ações para coibir a onda de violência, especificamente no CEBC. No entanto, o vereador Jorge Amorim chamou a atenção ao fato de que é preciso ações mais amplas não apenas nas escolas. “É preciso dicutir a segurança do município, pois o CEBC é uma "extensão" da nossa sociedade”, afirmou o vereador.



A Juíza de Direito da Comarca de Barra do Choça, Dra. Bel.ª Lázara Abadia, reforça que o objetivo dessa reunião foi realmente reconhecer o estudante como cidadão e dar a ele a oportunidade de ter segurança quando ele estiver exercendo seu direito de estudar.
Para o Padre Alexandre Márcio a reunião foi importante primeiramente para se identificar todos os problemas referentes à violência nas escolas para que diversos setores da sociedade juntos possam pensar em ações que levem a um trabalho de conscientização para uma cultura de paz.

Já o coordenador do Conselho Tutelar, Laércio Sousa, ressalta a importância da convocação as sociedade para a discussão do tema, afinal, trata-se do futuro de crianças e adolescentes. “Está em tempo de acordar, de buscar melhorias para que não possa ocorrer também em outras escolas do município”, disse o coordenador.


Entre os problemas apontados na discussão, pode-se destacar: a indisciplina dos estudantes, intolerância religiosa/racial, falta de perspectiva, desestrutura familiar, drogas e evasão escolar.
Embora a assunto seja complexo e dependa de uma análise mais profunda, o grupo levantou as seguintes sugestões para iniciar a resolução do problema: fechamento da praça, contratação de um guarda escolar, câmaras de segurança, maior atuação do conselho, medidas sócio-educativas, criação de lei para regulamentar o uso de celular, utilização de livro de ocorrências, aceleração para alunos repetitivos.
* Sara Reis Matias - Jornalista / DRT-BA 2656

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