terça-feira, 30 de outubro de 2012

PSB é o partido que mais cresceu no mapa político em relação a 2008



Nas capitais, um número maior de legendas conquistou o direito de governar, e nomes novos ganharam espaço no cenário nacional.

As eleições para prefeito mexeram com o equilíbrio de forças entre os partidos. Nas capitais, um número maior de legendas conquistou o direito de governar, e nomes novos ganharam espaço no cenário nacional.

O novo mapa político do país mostra uma distribuição de poder entre vários partidos. O que mais cresceu em relação a 2008 foi o PSB: 43%. Agora, tem 443 prefeitos. Isso projeta o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em âmbito nacional. Ele obteve vitórias também em alianças com a oposição, como em Belo Horizonte, onde se destacou a liderança do senador Aécio Neves, do PSDB.



O PT também cresceu: 14%; 636 prefeitos. Destaque ainda para o PSD, que na primeira eleição elegeu 497 prefeitos, o que reforça o comando de Gilberto Kassab no partido, mesmo tendo apoiado o candidato derrotado em São Paulo.
“O PT avançou um pouco, em termos de eleger um pouco mais, um maior número de prefeitos do que em 2008. Mas perdeu em algumas cidades importantes. O PSDB perdeu um pouco, mas o que perdeu mais ainda foi o Democrata, por causa do êxodo do pessoal para o PSD”, analisa David Fleisher, cientista político da UnB.
O PMDB ainda tem o maior número de prefeituras: 1.031. Mas elegeu menos que em 2008. O PSDB ficou com 702 prefeituras. Também caiu. O DEM sofreu a maior redução; tem agora 277 prefeitos.
“Do ponto de vista dos partidos, da distribuição do poder pelos partidos nessa nova arena municipal, nacional, nós temos um jogo mais bem distribuído, mais jogadores em campo”, afirma o cientista político Paulo Kramer.
Quando se leva em consideração apenas as prefeituras de capitais, o que se observa é uma distribuição de poder ainda maior: 11 partidos elegeram prefeitos nas 26 capitais. Destaque para o PSB, com cinco; PT, quatro; PSDB, quatro; PDT, três; PMDB, DEM e PP com duas prefeituras cada.
O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff participaram diretamente de várias campanhas e ajudaram a eleger Fernando Hadadd em São Paulo, a maior cidade do país, mas saíram derrotados em outras disputas, como no Recife, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e Fortaleza. O maior equilíbrio entre os partidos se reflete no fortalecimento de novas lideranças.
“Eu acho que essa eleição foi marcada pela busca do novo, uma grande demanda pelo novo por parte do eleitor”, completa Paulo Kramer.

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