domingo, 1 de maio de 2011

Presidenta Dilma lançou programa para expandir ensino técnico e profissional

A presidenta Dilma Rousseff promoveu dia 28 de abril, no Palácio do Planalto, o lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que intensificará a expansão da educação profissional em todo o país. A medida, que foi anunciada tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio, e também de cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores.

Além das 81 unidades que estão em execução e devem ser inauguradas neste e no próximo ano, o Governo Federal deve anunciar outras 120. No governo anterior, foram inauguradas 214 escolas técnicas, somando-se às 140 pré-existentes. Até 2014, a rede federal deverá chegar a quase 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, atendendo mais de 600 mil estudantes, em todo o país.

O Pronatec busca ainda a ampliação de vagas e expansão das redes estaduais de educação profissional. Esta ação será abarcada pelo programa Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PNE), que teve a adesão das 27 unidades da federação. Os recursos serão repassados para construção, reforma ampliação de infraestrutura escolar e de recursos pedagógicos, além da formação de professores.

Educação à distância – Outra ação importante é a ampliação da Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec), que instalou 259 polos em 19 estados até 2010, atendendo a cerca de 29 mil estudantes via ensino à distância. Em 2011, serão mais de 47 mil vagas; 77 mil em 2012; mais de 197 mil em 2013 e cerca de 263 mil em 2014.

O Ministério da Educação, por intermédio do Pronatec, também pretende dar mais celeridade ao acordo firmado no governo anterior com o Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), segundo o qual essas entidades devem aplicar dois terços de seus recursos advindos do imposto sobre a folha de pagamentos do trabalhador na oferta de cursos gratuitos. Dessa forma, as escolas do Sesi, Senai, Sesc e Senac receberão alunos das redes estaduais do ensino médio, que complementarão a sua formação com a capacitação técnica e profissional.

As escolas do Sistema S e das redes públicas também ofertarão cursos de formação inicial e continuada para capacitar os beneficiários do seguro-desemprego que sejam reincidentes. Esta ação se aplica também ao público beneficiado pelos programas de inclusão produtiva, como o Bolsa Família.

Financiamento – O mesmo projeto de lei que cria o Pronatec amplia o alcance do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que passa a se chamar Fundo de Financiamento Estudantil, com a mesma sigla. Assim, o fundo poderá prover mais duas linhas de crédito, sendo uma para estudantes egressos do ensino médio, outra para empresas que desejem formar seus funcionários em escolas privadas habilitadas pelo MEC ou no Sistema S. O funcionamento é similar ao do Fies do ensino superior, porém com 18 meses de carência e seis vezes o tempo do curso, mais 12 meses para pagamento.

Os recursos do programa virão do orçamento do Ministério da Educação, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Sistema S e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Algumas das medidas necessitarão de projeto de lei, encaminhado ao Congresso Nacional, onde tramitará em regime de urgência.

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