quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sul-africanos fazem vigília em favor da saúde de Nelson Mandela



Os simpatizantes, amigos e parentes mais próximos do ex-presidente da África do Sul e Prêmio Nobel da Paz de 1993 Nelson Mandela, de 94 anos, fazem uma vigília desde terça-feira (25) à noite em frente ao Mediclinic Heart Hospital, no qual ele está internado há 19 dias, em Pretória, em decorrência de uma infecção pulmonar. Eles pedem que Mandela descanse de forma tranquila e perfeita.


O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, 94 anos, enfrenta nesta quarta-feira seu quarto dia hospitalizado em estado crítico, após ser internado no dia 8 de junho por uma recaída de uma infecção pulmonar.
O estado de saúde de Madiba, como Mandela é conhecido popularmente na África do Sul, piorou durante o domingo passado. Até então, seu estado era classificado como "grave, mas estável" pelos médicos.

A Presidência do governo tinha afirmado que Mandela respondia bem ao tratamento, e membros da família especularam que o ex-presidente teria alta em breve. No entanto, a notícia do domingo enterrou completamente o otimismo sobre sua recuperação na África do Sul.
A família de Mandela se reuniu ontem na cidade sudeste de Qunu, onde cresceu o antigo estadista, para discutir "assuntos delicados" da família.
O jornal sul-africano The Star publicou hoje, citando fontes da família Mandela, que a reunião serviu para tratar sobre o lugar em que deverá ser enterrado o ex-ativista contra o regime racista do apartheid.
De acordo com essa mesma fonte, a família está dividida entre os que são partidários que os restos de Madiba descansem em Qunu - onde Mandela tem uma casa - e os que preferem enterrá-lo em Mvezo (sudeste), o lugar onde nasceu.
À espera de notícias oficiais, a imprensa local tenta lançar uma luz sobre a situação do pai da democracia multirracial sul-africana com informações sobre o entorno de Mandela.
Citando fontes ligadas à família, o jornal sul-africano The Citizen garantiu hoje que Madiba respira com a ajuda de aparelhos, que o funcionamento de seus rins é muito ruim e é submetido a diálises renais periodicamente. Segundo o jornal, os médicos teriam proposto à família a possibilidade de desligar as máquinas que mantêm Mandela ainda com vida.
Enquanto isso, na entrada do Medi-Clinic Heart Hospital de Pretória, onde está internado o ícone mundial da igualdade racial, cidadãos anônimos deixam presentes, flores, mensagens e canções de apoio a Mandela.
As visitas ao centro médico também continuam e, além da presença diária da família, ontem estiveram no recinto a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e o arcebispo anglicano da Cidade do Cabo, Thabo Makgoba. O ex-médico pessoal de Madiba, Vejay Ramlakan, também o visitou hoje no hospital. Nelson Mandela foi internado em quatro ocasiões desde o mês de dezembro.
O ex-presidente contraiu os problemas respiratórios, dos quais sofre de forma recorrente, durante os seus 27 anos nas prisões do apartheid, regime contra o qual lutou durante quase sete décadas.
O primeiro presidente negro da África do Sul ganhou a admiração dos sul-africanos e do mundo por sua coragem na hora de combater o racismo institucionalizado imposto pela minoria branca. Mas, sobretudo, por sua nítida aposta pela reconciliação e pela convivência na transição exemplar que liderou junto com o último presidente do apartheid, Frederik De Klerk, o que rendeu aos dois o Prêmio Nobel da Paz em 1993

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