Médicos que debatem a descriminalização do aborto dividem
opiniões. A dúvida está em que momento surge a vida entre o momento da
concepção e o desenvolvimento do embrião. Questão esbarra em ética, moral e
religião
Por trás do crime, das sequelas
para o corpo e para a alma, muitas vezes carregadas pelo resto da vida,
milhares de brasileiras que se submetem a um aborto clandestino no país se
deparam com a eterna dúvida: em qual momento nasce a vida? De cunho moral, religioso
e ético, a questão ganha foco no Brasil diante da decisão de entidades
nacionais em propor a descriminalização do aborto, o que permitiria a
interrupção da gravidez de até 12 semanas.
A posição, apesar de sugerida
pelo órgão que representa 400 mil médicos, o Conselho Federal de Medicina
(CFM), não é consenso na classe. Prova disso é o posicionamento do Conselho
Regional de Medicina (CRM), que diz que “doutores são treinados para salvar
vidas, não matá-las”. A resistência é tão grande que, até em processos legais
de interrupção da gravidez, como em caso de estupro, há especialistas que se
recusam a fazer o procedimento, respeitando a própria consciência e a ética. O
CRM de Goiás também é contrário à medida.
Extraído do
site correiobraziliense.com.br em 19/04/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário